quarta-feira, 17 de maio de 2017

Você sabe qual a diferença entre o álcool de cana e o de milho?

Entenda essa diferença e por que o Estados Unidos produzem etanol de milho e é o maior produtor do mundo e o Brasil está em segundo lugar no ranking, com a produção  a partir da cana-de-açúcar

 

 

A verdade é que nenhum país no mundo produz etanol com a mesma eficiência obtida pelo Brasil a partir da cana. Mas, mesmo assim, ela mostra vantagens e desvantagens de ambas as produções.

Custo

Cana-de-açúcar - O custo médio estimado para os produtores brasileiros, no ano de 2016, é de R$ 0,90 por litro. A vantagem do Etanol proveniente da cana-de-açúcar é que a molécula de açúcar (sacarose), que tem o álcool como subproduto, é facilmente quebrada pelas enzimas (invertase), pulando uma etapa na fabricação do etanol.

Milho -  Para a produção do etanol a partir do milho, o custo médio para os produtores americanos, gira em torno de R$ 1,10. Esta média é uma estimativa dos custos com a produção até o transporte deste milho. Isso ocorre devido ao alto custo das enzimas alfamilase e glucoamilase, que quebram as grandes moléculas de polissacarídeos (amido) do milho para obter o álcool.

Rendimento

Cana-de-açúcar - Apesar de se pensar que a cana tem mais açúcar que o milho, isso não ocorre, pois a cana-de-açúcar tem 54% menos açúcar do que o milho, ou seja, com uma tonelada de cana se faz apenas 89,5 litros de etanol em média.

Milho - Rendimento é maior do que a cana-de-açúcar, apesar de ser mais difícil transformar em açúcar o amido (polissacarídeo), o milho produz mais sacarose – e álcool. Em média, uma tonelada rende aproximadamente 407 litros de etanol.

Safra e Estocagem

Cana-de-açúcar - Tem a facilidade de ser colhida o ano todo sem precisar ser replantada durante cinco anos. Por outro lado, quando cortada, a mesma tem que ser moída em menos de 36 horas, o ideal que seja nas primeiras 24 horas.

Milho - Deve ser colhido quatro meses após o plantio, mas após colheita pode ficar estocado durante o ano inteiro.

Fermentação

Cana-de-açúcar - Menor tempo na fermentação, levando de 7 a 11 horas, tendo em vista que as moléculas de açúcar são menores e mais fáceis de ser quebradas.

Milho - Maior tempo, demorando entre 40 e 70 horas. Esta demora está relacionada ao tamanho da molécula, pois como descriminado anteriormente, as grandes moléculas de polissacarídeos (amido) do milho tem que ser quebrada pelas enzimas para produzir o álcool.

Produtividade

Cana-de-açúcar - A grande vantagem e o porque do Brasil produzir seu etanol da cana. Devido à cultura da cana-de-açúcar ser plantada em sulcos e necessitar de menor espaçamento no plantio, um hectare tende a render 90 toneladas de cana e produz entre 7 mil e 8 mil litros de etanol.

Milho - A produção de um hectare produz entre 15 a 20 toneladas de milho. Isso vai produzir aproximadamente uns 3.500 litros de etanol.

Então a vantagem do etanol brasileiro é a eficiência (produtividade) durante o processo de produção, ou seja, a cana produz mais biocombustível num mesmo quantitativo de área. 
 A vantagem ambiental no uso do etanol brasileiro também leva em conta. Durante o manejo na lavoura local para a produção de oito unidades de etanol são gastos apenas uma de combustível fóssil. Diferentemente do milho, no qual essa proporção é maior, chegando a 9,2. Além de que o ciclo de vida da cana-de-açúcar ajuda a combater as emissões de gases que causam o efeito estufa quase cinco vezes mais que o milho. Por esse motivo, o etanol de cana é considerado limpo e ecologicamente correto.

Outro ponto favorável à cana-de-açúcar são os subprodutos, pois estes têm um maior valor agregado em comparação aos do milho. A fertilização do solo na lavoura da cana é realizada com os resíduos do processo de industrialização, como a torta de filtro e a vinhaça. Os resíduos do etanol de milho são aproveitados principalmente na fabricação de ração animal e óleo.
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Fonte: Portal do Agronegócio e Super Interessante

 

terça-feira, 16 de maio de 2017

Etanol Brasileiro contra Etanol Americano

Você sabia que só nos três primeiros meses desse ano o Brasil importou 720 milhões de litros do biocombustível



     Essa importação aconteceu no período da entressafra da cana-de-açúcar, período de dezembro a março, devido ao bom preço do açúcar, as usinas utilizaram mais cana na produção do açúcar.

     Mesmo o Brasil sendo um grande produtor de cana-de-açúcar para Etanol, a importação ainda é necessária, mas para tentar reduzir essa importação e ajudar o etanol brasileiro, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) criou medidas que ajudam a proteger o etanol de cana-de-açúcar da importação de biocombustíveis derivados de milho, tal medida foi publicada no Diário Oficial e a mesma impõem aos compradores estoques mínimos do combustível nacional – semelhante aos estoques que os produtores já são obrigados a manter -  e criam limitações para a importações, sem barrá-las.

     De acordo com o Ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, as usinas nacionais já são obrigadas a manter um estoque mínimo de etanol, equivalentes a 8% de suas vendas totais no ano anterior. Essa medida foi criada para garantir o abastecimento de etanol na entressafra. O ministro confirmou ainda o pedido de alguns grupos do setor sucroenergético, em retomar tarifas de 20% sobre a importação dos biocombustíveis, mas não aceita pelo mesmo, pois tal medida pode incentivar retaliações por parte dos americano.

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Fonte: Revista Globo Rural

 

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Veja o que a Cachaça 51 vai realizar pela primeira vez

Mesmo com tendência da produção brasileira menor, companhia Müller de bebidas prevê recorde no processamento


 

 

    Em ano de recessão em diversos setores, o agronegócio mais uma vez mostra sua força. A Companhia Müller, dona da marca da Cachaça 51, faz uma estimativa de uma safra recorde e com isso, pela primeira vez na sua história produzirá a cachaça com cana própria.

    De acordo com a Companhia que tem canaviais na região de Pirassununga-SP, sua colheita já foi iniciada e tem uma previsão de um processamento de 630 mil toneladas de cana-de-açúcar, número maior que o recorde anterior conseguido pela própria empresa em 2006, que era de 609 mil toneladas.

   Com sucesso desta supersafra, a empresa conseguirá envasar 100% da cachaça, que tem como média anual de 200 mil litros da bebida, e toda sua colheita será mecanizada e com expectativa de término para o mês de novembro.

   Essa colheita ocorrerá numa área de 9 mil hectares de forma mecanizada, evitando assim a queima da palha, processo esse realizado por sete colhetadeiras.

   E assim como a colheita, a produção da cana-de-açucar pela empresa, sempre busca práticas sustentáveis para preservar a biodiversidade, utilizando a fertirrigação com vinhaça.

    O vinhaça também é conhecida pelos nomes vinhoto, tiborna ou restilo. Ele representa o resíduo pastoso e malcheiroso que sobra após a destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar (garapa) fermentado, para a obtenção do etanol (álcool etílico). Para cada litro de álcool produzido, 12 litros de vinhaça são deixados como resíduo.
    
    Essa vinhaça supre a necessidade de potássio nas plantas, ou uso de composto orgânico aproveitando resíduos da destilaria. O uso controlado do vinhoto e da torta de filtro é reconhecidamente uma boa prática na cultura da cana do ponto de vista ambiental e produtivo, pois permite a total reciclagem dos resíduos industriais (vinhoto, torta de filtro e água de lavagem – de limpeza do chão, de purga do circuito fechado e condensados remanescentes), aumento da fertilidade do solo, redução da captação de água para irrigação, redução do uso de fertilizantes químicos e custos decorrentes.
 
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Fonte: Revista Globo Rural e Nova Cana



 

terça-feira, 9 de maio de 2017

Já pensou você com isenção de Imposto de Renda e de Imposto Territorial Rural

Essa é a proposta que Câmara dos Deputados acaba de aprovar





     A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara aprovou incentivo fiscal e financeiro (Imposto de Renda e de Imposto Territorial Rural) ao proprietário rural que promover proteção e recuperação de nascentes e demais recursos hídricos em áreas ou bacias hidrográficas prioritárias em propriedades de até 4 módulos fiscais.

     Estes incentivos fiscais e financeiros beneficiará tanto pessoa física como jurídica e torna-se de extrema importância para o País, pois a conservação, recuperação e proteção de nascentes, córregos, rios e demais recursos hídricos, é de responsabilidade de todos.

    Para que o produtor tenha esse benefício, o mesmo terá que ter um certificado da recomposição florestal ou desassoreamento, documento este emitido por um órgão ambiental a partir de projeto técnico, projeto esse que previa no texto original a elaboração gratuita do projeto para esses agricultores, mas não a execução . Tal documento teria uma validade de dois anos, mas o texto aprovado não retrata nada sobre sua validade.

   O projeto original (PL 1465/15), do deputado Augusto Carvalho (SD-DF), estabelecia apenas incentivo ao proprietário rural por reposição florestal ou desassoreamento de cursos de água. Já o texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Roberto Balestra (PP-GO), que unificou mudanças de quatro propostas (PLs 1465/15, 1891/15, 2410/15 e 4226/15).

    O Deputado Roberto Balestra afirma que unificou os dispositivos de todos os projetos de lei para aproveitar o estímulo econômico à cobertura florestal e à remuneração dos proprietários rurais pelos serviços ambientais e que  a falta de chuvas dos últimos anos foi agravada pela deterioração de áreas de recarga de lençol freático, erosão do solo e assoreamento de nascentes e rios.


Os incentivos fiscais e financeiros funcionará da seguinte forma:
 
  - Pequenos produtores rurais e agricultores familiares com até 4 módulos fiscais (área entre 5 e 110 hectares, a depender da região) terão isenção tanto do Imposto de Renda (IR) como do Imposto Territorial Rural (ITR).
 
   - Para imóveis rurais de 4 a 15 módulos fiscais, o desconto no Imposto de Renda pode chegar a 50% do total tributável.

   - Já para o produtor rural com área maior que 15 módulos fiscais, a redução do IR é de 30%. O ITR para propriedades rurais acima de 4 módulos fiscais poderá chegar a 50%.
     
    Como incentivo financeiro, o governo poderá dar crédito rural com juros menores às taxas oficiais, conforme norma do Conselho Monetário Nacional (CMN), além de permitir a equalização de taxas de juros, prevista na Lei 8.427/92.

    Pela equalização, o governo cobre a diferença entre a taxa de juros praticada no mercado financeiro e a taxa efetivamente paga pelo produtor.
 
    A proposta original estabelecia desconto nos juros do crédito rural proporcional entre a área recuperada e o total da propriedade. E isentava do pagamento da taxa de reposição florestal, obrigatória para quem consome matéria-prima florestal.
 
   O texto determina ainda que, para cada hectare recuperado na propriedade, o proprietário receberá uma subvenção anual de R$ 50, até o máximo de R$ 10 mil (200 hectares). Esse valor poderá ser abatido do saldo devedor de operações de crédito rural com bancos federais ou cooperativas e virá do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), criado pela Lei de Gestão das Florestas Públicas (11.284/06).

    A área a ser subvencionada deve estar vinculada à Cota de Reserva Ambiental (CRA), título instituído pelo Código Florestal (Lei 12.651/12) para representar local com vegetação natural em uma propriedade que pode ser usada para compensar a falta de reserva legal em uma outra. O Código Florestal exige que as propriedades rurais mantenham reserva legal entre 20% a 80% do total do imóvel, conforme o bioma e a região.

    A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
 
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Fonte: Canal Rural






Comissão da Câmara aprova incentivo a proprietário rural por reposição florestal

Proposta quer promover proteção e recuperação de nascentes; propriedades de até 4 módulos fiscais terão isenção de Imposto de Renda e de Imposto Territorial Rural
Canal Rural - Leia mais no link http://www.canalrural.com.br/noticias/noticias/comissao-camara-aprova-incentivo-proprietario-rural-por-reposicao-florestal-67266 ou compartilhe este conteúdo através das ferramentas oferecidas na página. Os textos, fotos, vídeos e demais conteúdos do Canal Rural estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral, e não podem ser reproduzidos sem autorização prévia. Caso queira replicar algum conteúdo do Canal Rural, por favor, utilize o link original ou entre em contato (canalrural@canalrural.com.br). Siga-nos: https://www.facebook.com/canalrural, https://twitter.com/canalrural, https://instagram.com/canalrural
Comissão da Câmara aprova incentivo a proprietário rural por reposição florestal

Proposta quer promover proteção e recuperação de nascentes; propriedades de até 4 módulos fiscais terão isenção de Imposto de Renda e de Imposto Territorial Rural
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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Maçã com Parafina. Verdade ou Mentira?

Cera sim, Parafina não

 

 

     A Cera que, geralmente, reveste a maçã e outras frutas, para deixá-las mais brilhantes e apetitosas nos supermercados, é na sua grande maioria, uma mistura de cera de carnaúba e resinas. As resinas são feitas à base de colofônia, que assim como a carnaúba, tem origem vegetal. Outras ceras também podem ser utilizadas, como é o caso da cera de abelha ou goma laca, esta última é de origem animal, ou seja, uma resina produzida pelo Kerria lacca, um inseto nativo da Tailândia, essa goma pode virar tanto verniz para madeira como resina para frutas.

   De acordo com a pesquisadora científica do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Lenice Magali do Nascimento, o uso das Resinas  são apenas para dar brilho e torná-las mais atrativas, mas a Cera tem em sua utilização, um motivo mais nobre, que é de  repor a cera natural dos frutos, esta cera natural que as frutas possuem saem com a lavagem e o atrito da escovação pós-colheita, lavagem essa que tem o intuito de retirar o grosso da sujeita que vem do campo.

    Quando você colhe uma fruta em casa ou sítio, que não seja em uma produção comercial e sabe que nada de produto químico foi utilizado, percebe uma cera natural que a fruta possui. Com isso, a fruta tem maior tempo de prateleira, evitando ainda que ela transpire mais, e com isso, perca água.

    Lenice retrata ainda que uma fruta sem a cera duraria três dias, contra uma semana ou mais com o revestimento, e que as maçãs no Brasil não recebem a cera artificial nas indústrias. Como são ceras naturais, não causam problemas, pois são consideradas aditivos alimentares pela Comissão Europeia.

    No Brasil as empresas produtoras de maçã, como o caso da Fisher (que embala o produto com a marca Turma da Mônica e que teve a qualidade questionada em vídeos na internet), não aplicam óleo nem cera a base de carnaúba. Essa aplicação não é necessária, pois a fruta é colhida e lavada com cloro, logo depois passa por secagem e vai para a embalagem. Ela não é escovada como as frutas de cascas mais grossas porque  esse processo de escovação feri a casca, pois a maçã é uma fruta muito sensível. As frutas que aplicam cera não se come a casca (como o caso de tangerinas, laranjas e abacate).
    A maçã brasileira, geralmente, não recebe aplicação de cera, a que ela tem é natural. Então essa história de Parafina na maçã não é verdade. Podem comer sem medo.
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