terça-feira, 26 de agosto de 2014

PRODUÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE LEITE ORGÂNICO É TENDÊNCIA NAS COOPERATIVAS DO RIO GRANDE DO SUL


As constante denuncias sobre adulteração do leite no sul do país, refletiram na busca por leite e derivados naturais

Glauco Lima


Após as confirmações de contaminação por Formol em leite produzido no Rio Grande do Sul, a busca por leite orgânico tem aumentado e produtores rurais começaram a se dedicar a esta forma de produção.

Neste tipo de produção os animais são alimentados com pasto e silagem, as pastagens em piquetes rotacionados, alternando uso com descanso e rebrota, garantindo maior fertilidade e menor compactação do solo, utilizando diversificadas gramíneas com leguminosas, adubação com esterco, ração de origem orgânica, não transgênica e a utilização da homeopatia e fitoterapia no tratamento do rebanho.

Daniel Kusche, et al. (2014), Pesquisador da Faculdade de Agricultura Orgânica da Universidade Kassel – Alemanha, publicou uma recente pesquisa no Journal of the Science of Food and Agriculture, sobre a qualidade do leite orgânico comparado ao sistema convencional, demonstrando que as estratégias de alimentação usadas em sua pesquisa favorece o leite produzido naturalmente, possuindo maiores concentrações de compostos nutricionalmente benéficos.

Julita Soethe, responsável pelos exames laboratoriais da cooperativa de laticínio orgânico, relata que o leite orgânico neste sistema de produção também passa por testes antes de ser processados. Primeiramente ele é colocado no resfriador, daí é feito testes para antibióticos, caso esteja dentro das normas, em até duas horas será utilizado. Depois, faz-se análises com o produto pasteurizado para ver a qualidade e se a gordura foi para o iogurte como preconizado. A nata é resultado do aquecimento do leite a uma temperatura de 36ºC e é utilizada na produção de creme de leite.

De acordo com a Administradora da cooperativa, Adriana Kraemer, são produzidos mensalmente 1.480 litros de leite, 4.700 Kg de iogurte, 80 Kg de creme de leite e 150 Kg de manteiga, tudo orgânico. Esta cooperativa é a única no estado do Rio Grande do Sul que possui a Certificação de Processadora Orgânica de Laticínios, emitida pelo MAPA.

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