terça-feira, 7 de março de 2017

Nova cultivar de capim alia alta produtividade - BRS Quênia

Alta produtividade, manejo facilitado e qualidade são as caracteristicas da Nova Cultivar BRS Quênia

BRS Quênia, essa nova cultivar de capim, concentra caracteristicas importantes para alimentação animal. Seu lançamento oficial ocorrerá na Dinapec, nos dias 8 e 10 de março em Campo Grande-MS. Sendo desenvolvida pela Embrapa em parceria com Unipasto, esta cultivar híbrida apresentando alta produção, forragem de qualidade e fácil manejo, o capim favorece a intensificação da produção animal e supre demandas de mercado por plantas da espécie Panicum maximum.

Este é um resultado de muito estudo e décadas de pesquisa, desenvolvida pela pesquisadora Liana Jank, dedicação e competência dos cientistas que trabalham com programa de melhoramento genético, no caso, de cultivares de Panicum maximum. Os estudos passaram por uma série de seleções: visual, resistência a pragas e doenças, desempenho animal, pastejo, resposta à adubação e produção de sementes. A planta se sobressaiu em todos os ensaios que foram conduzidos nos Estados de Mato Grosso do Sul, Brasília, Rondônia, Acre, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Quanto ao desempenho animal – ganho de peso, taxa de lotação e produtividade, em experimento sob pastejo conduzido em Campo Grande por três anos, a planta superou outras cultivares de panicum tanto nas águas quanto na seca. A pesquisadora Liana Jank observa que mesmo não havendo diferenças significativas no ganho de peso, durante o período das águas, o desempenho animal foi 17,6% superior quando comparado com outra cultivar. E nos ensaios realizados sob pastejo no Bioma Amazônia, a cultivar BRS Quênia também foi superior no ganho de peso animal comparado ao capim Tanzânia, com peso vivo superior a 860 quilos por hectare na média dos dois anos de estudos, o que equivale a 28,7 arrobas por hectare por ano. Isso, segundo os pesquisadores, se deve ao fato de a BRS Quênia possuir colmos mais tenros, valor nutritivo superior com maior digestibilidade da matéria orgânica e maiores teores de proteína bruta. Ainda na região, em Rio Branco, no Acre, o comportamento da planta foi avaliado como intolerante ao encharcamento do solo, portanto, essa cultivar deve ser plantada em solos bem drenados – recomendam os pesquisadores.
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Fonte: Embrapa