Associação
dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso – APROSOJA/MT, teme o
surgimento de pragas super-resistentes.
O uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras de soja e milho,
vem preocupando produtores de Mato Grosso, pois a utilização do
mesmo princípio atívo, pode favorecer o surgimento de pragas
super-resistentes. Com isso, a Aprosoja-MT, busca junto aos
produtores, um manejo mais adequado.
O mesmo acontece na utilização de fungicidas, produtos estes que
são bastante utilizados no combate à ferrugem asiática, uma das
principais preocupações dos produtores de soja, e na prática,
nota-se que não existe uma orientação correta, principalmente nos
canais de venda, local onde deveria estar um Engenheiro Agrônomo,
orientando sobre uso e a importancia da alternancia do princípio
ativo desses produtos. Mas o que se observa, é a estrita preocupação
apenas na venda de agrotóxicos e isso pode condenar a cultura da soja no Brasil.
Existe hoje no mercado, três produtos com princípios ativos
diferentes para serem utilizados no combate à ferrugem asiática,
mas essa alternancia não está sendo utilizada. Por se tratar de
assunto de extrema importância, a Aprosoja-MA, está realizando uma
campanha que busca conscientizar os produtores rurais para a
importância de se fazer o manejo adequado dos defensivos.
Em depoimento ao Canal Rural, o agricultor Luiz Antônio Rodrigues,
produtor de soja no município de Alto Garças (MT), sofreu em 2013
com o ataque da lagarta Helicoverpa armígera e em desespero e falta
de orientação, tanto das empresas que vendem os produtos quanto de
acompanhanmento de profissional, o produtor chegou a aplicar várias
vezes os inseticidas com o mesmo princípio ativo. Na sua área de
1.400 hectares cultivadas com soja, o ataque generalizado da
lagarta, fez com que ele realiza-se, sem preocupação sobre o modo
de usar e as dosagens corretas, seis a nove aplicações, gerando um
custo de quase cinco sacos por hectare.
Entretanto, buscar orientação profissional de um engenheiro
agrônomo, para que seja feita, efetivamente, a rotação de
princípio ativo e a correta dosagem, além do manejo integrado depragas, visando garantir a eficiência produtiva é fundamental para
que o produtor adote práticas mais coerentes e de forma mais
consciente.
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FONTE:
RuralBR
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